Certamente a crise de 2020, ocasionada pela pandemia do COVID-19, encontra nas mortes e vidas perdidas o seu pior efeito. Contudo, os impactos no mercado e em setores como o marketing de turismo não podem ser ignorados desde já.

A verdade é que o turismo é um setor que vinha crescendo no Brasil e em outros países de terceiro mundo, não raro servindo como um propulsor econômico e um nicho promissor que tende a chamar a atenção para essas nações emergentes.

De fato, o turismo tem o poder de mover segmentos que às vezes a gente nem imagina, que podem ir desde as vendas de uma loja de beira de praia ou mesmo de um ambulante, até o aumento das atividades de uma empresa de ônibus fretado.

Daí que o impacto sobre ele seja algo muito grave, que deve ser considerado não apenas pela iniciativa pública e governamental, mas também pela iniciativa privada. Afinal, caberá a cada empresa ser responsável por sua própria recuperação.

Isso logo se confirmou, pois quando o ano de 2020 acabou o saldo já era enorme. Segundo pesquisa da FGV (Faculdade Getúlio Vargas), se em 2019 o turismo era responsável por empregar mais de seis milhões de pessoas, em 2020 teve uma queda abrupta.

Em números absolutos essa queda atingiu um percentual de quase 40%, algo que nunca havia acontecido na história do turismo (mesmo em épocas de guerra, quando o comum era apenas o setor estagnar, e não chegar a perder praticamente metade da força).

Por isso decidimos escrever este artigo, trazendo alguns conceitos que podem ajudar no enfrentamento à crise, além de dicas práticas que qualquer empresa da área poderá começar a implementar assim que tiver a oportunidade.

Então, se você quer entender melhor como isso é possível e fazer com que sua marca esteja entre aquelas que vão reescrever a história, basta seguir adiante na leitura.

A renovação do marketing de turismo

O momento pede criatividade e capacidade de se reinventar. Se antes agradar um parceiro incluía medidas ao alcance, como brindes empresas criativos, para superação de uma pandemia mundial o esforço precisará ser consideravelmente maior.

Por outro lado, algumas das frentes em que as marcas de turismo vão ter que investir nada mais são do que soluções que já estavam aí, porém eram negligenciadas. O maior exemplo é o marketing de conteúdo e os anúncios pagos, como veremos.

Nesse sentido, a crise serviu apenas para acelerar alguns processos de evolução que já vinham sendo germinados há décadas. Um exemplo enorme é o home office, que acabou sendo implementado à força por milhares de empresas no mundo, mas já existia.

O mais bacana é isso mesmo: toda recuperação passa pelo reforço de alguns valores que são universais. Veja o team building, que nada mais é do que o fortalecimento de uma equipe, e serve muito bem para momentos de crise e desafios maiores.

A mesma situação vale para o marketing de turismo quando a pandemia acabar, pois o que vai acontecer com ele vai ser uma renovação que tende a oxigenar o segmento e ajudar muitas marcas a se fortalecerem como nunca antes.

Como se aproximar dos clientes?

Se tem algo que as empresas sempre precisaram fazer em termos de marketing é entender a fundo o modo de vida dos seus clientes, para que a marca possa estar no lugar certo, na hora certa e do jeito certo. E a Cr.Andrade trabalha para cumprir esse objetivo!

Com a pandemia, a necessidade de manter um relacionamento próximo com a clientela só aumentou, então uma maneira de começar a fazer isso (ou continuar, de modo ainda mais assertivo e otimista) é por meio do marketing de conteúdo.

O mais bacana é o alcance dessa estratégia, que pode servir para a criação de um blog de turismo tanto quanto para um e-book sobre soluções financeiras para empresas.

De fato, hoje o site institucional já não dá conta da maneira como as pessoas gostam de se relacionar com as marcas. Por isso, é preciso gerar conteúdos originais e gratuitos que agreguem valor à rotina do seu público-alvo.

Vamos imaginar, por exemplo, a quantidade de dicas que uma empresa de turismo vai poder dar para que os voos sejam feitos com mais segurança sanitária por parte dos clientes, tais como:

• Para empresários que viajam sempre;
• Para famílias inteiras com crianças;
• Para profissionais enviados pelas empresas;
• Para mulheres e necessidades higiênicas;
• Para homens e necessidades similares.

Enfim, o marketing de conteúdo pode dar conta de criar uma aproximação e uma conexão enorme com os clientes, até mesmo gerando leads e novas oportunidades.

Além disso, ele permite parcerias com outras empresas, como a troca de artigos com alguém da área de excelencia operacional para empresas, o que favorece o ranqueamento nos grandes motores de busca como Google, Bing, Yahoo e Ask Brasil.

Também é aqui que entra a importância de investir em anúncios pagos, como modo de fazer com que os conteúdos gerados alcancem muito mais pessoas.

O interessante é que essas plataformas permitem uma segmentação grande, além de customizar as propagandas e favorecer investimentos conforme a possibilidade de cada um. O que, no meio da crise, pode fazer toda diferença.

Fortalecendo a marca e as parcerias

Falando em marketing de conteúdo, uma dica de ouro aqui é investir em artigos do tipo “10 Dicas de...”, pois eles têm uma busca muito alta.

Além de diversificar no tipo de material criado, não se prendendo apenas a textos, recorra também às mídias alternativas como áudio e vídeo.

Tanto é assim que hoje é comum entrar em um blog e encontrar a opção de escutar o artigo lido, em vez de precisar lê-lo realmente. Os podcasts também estão fazendo sucesso e vão no mesmo sentido, sendo um formato interessante para o turismo pós-pandemia.

Os podcasts são como programas de rádios, que costumam trazer convidados e prender a audiência de maneira muito mais especial. Hoje é possível encontrar todo tipo de assunto nesse formato, desde política e moda até encerramento de empresa.

Um diferencial bacana é gravar vídeos menores que sirvam como trailer para um episódio de podcast. Eles são chamados de pílulas e servem para atrair as pessoas, exatamente como um trailer ou teaser de um filme.

Nas redes sociais essas “pílulas” são chamadas de nuggets, e têm justamente a ideia de recortar um momento importante de um bate-papo como modo de chamar atenção.

Aliás, as mídias sociais têm um papel fundamental na recuperação do marketing de turismo quando a pandemia acabar, conforme ficará claro adiante.

Como as redes sociais podem ajudar?

Já faz pelo menos duas décadas que as grandes marcas vêm usando as redes sociais como modo de se aproximar do público.

Às vezes recorrendo a uma linguagem mais informal e até descolada, com o auxílio de emojis e memes que ajudam a marca a “ganhar um rosto” diante das pessoas.

Ora, a crise da pandemia vai exigir, ainda mais, que as marcas mostrem o lado humano da empresa. Por isso, as mídias sociais podem ser perfeitas para fazer essa ponte entre as partes.

Um modo de tornar tudo isso realidade é fazendo novas parcerias, mas aqui não no sentido comercial senão no sentido humanitário mesmo, pensando no meio ambiente e na segurança sanitária de todos, talvez com apoio de alguma ONG.

Se por um lado há instituições pensando na parte financeira e econômica, facilitando credito empresarial, por exemplo, você pode sinalizar que está preocupado com seus clientes no sentido mais prático e imediato do termo.

Por exemplo, acompanhando e respeitando as mudanças de hábitos de consumo, que poderão ir desde querer evitar aglomerações, passando por exigir acessórios sanitários até fazer viagens em baixa temporada.

Bônus: as mudanças estruturais

Vimos que as redes sociais vão ajudar a humanizar a marca, mas elas também vão deixar mais claras as mudanças profundas que acontecerão, porque é ali mesmo onde as pessoas mais se expressam.

Para tirar disso algum proveito é preciso que você esteja atento a esse tipo de comportamento e de hábitos, que no fundo vão mostrar as mudanças mais estruturais que poderão ocorrer.

Afinal, turismo lida com deslocamento físico e também com sonhos, como o desejo de conhecer o mundo. Assim, após a pandemia, um negócio de contabilidade para empresas pode não ver diferença estrutural ou comportamental, mas o turismo sim.

Outro modo de se antecipar é investir na divulgação de viagens domésticas, já que alguns países provavelmente continuarão emitindo restrições ou mesmo proibições em relação a outras nações.

Também assim, o marketing que souber investir em viagens com destino a locais que ofereçam contato com a natureza deverão sair na frente, pois tudo indica que essa preferência vai aumentar e muito no curto prazo pós-pandemia.

Com isso chegamos ao fim, deixando claro quais são as principais mudanças que vão acontecer com o marketing de turismo quando a pandemia acabar. Quem quiser se prevenir e fazer a diferença, basta seguir as dicas dadas acima.

Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.